domingo, 6 de novembro de 2011

Entrevista - Maysa Andrade (Ecofarma)

Maysa Andrade tem 20 anos e está no sexto período da Faculdade de Farmácia da UFJF. Mesmo com a pouca idade, ela pode dizer que já tem uma grande experiência profissional. Maysa é diretora do Departamento de Projetos e Garantia da Qualidade na empresa Ecofarma Consultoria Júnior. E o envolvimento da estudante com o Movimento Empresa Júnior (MEJ) vai além da universidade, Maysa também exerce o cargo de diretora administrativo financeira no Núcleo de Empresas Juniores da UFJF (NEJ), além de ser conselheira na Federação de Empresas Juniores do Estado de Minas Gerais (FEJEMG).

*Por Amanda Antunes - Trainee da Acesso Comunicação Jr. 2011.2


Como resolveu entrar para a EJ?

"Quando eu estava no quarto período, um membro da Ecofarma foi fazer divulgação do processo seletivo na minha sala e ele estava muito motivado, então isso me cativou. Mas eu já estava mesmo querendo entrar porque gosto muito da área de gestão. Acho que essa é uma experiência pela qual todo aluno deveria passar, porque são conhecimentos que o curso de farmácia, por exemplo, não abrange: ferramentas de fluxo de caixa, de projetos, coisas que a EJ me propicia. Outro benefício é que quem passa pela EJ fica conhecendo bem a aplicação prática dos conhecimentos teóricos que recebe nas aulas, então passa a achar as matérias mais interessantes."

Além desses fatores, quais outros benefícios a empresa acrescentou, tanto na sua vivência profissional quanto na pessoal?

"Nossa, é até difícil listar, porque são muitos. Fazer parte de uma EJ é muito mais do que apenas um dado no currículo. Essa experiência te abre várias portas, depende de você entrar. Se a pessoa tem traços de liderança ela pode desenvolver isso, a questão do trabalho em equipe também é muito exercitada, mas tudo depende da pessoa querer aprender. Eu, particularmente achei que eu desenvolvi liderança, a minha oratória, questão de timidez eu melhorei muito, além também de aprender a tomar decisões de última hora e a contornar situações, e isso tudo somado ao conhecimento técnico."

A forma como o cliente vê uma empresa formada por estudantes tem mudado?

"Ainda existe muito preconceito, sem dúvidas. Mas isso está mudando sim. Na Ecofarma a gente tem agora muito mais projetos do que antigamente. A televisão tem ajudado bastante nessa mudança de visão porque estão produzindo muitas reportagens sobre empresas juniores. E essa questão da imagem que passa também cabe à empresa. Em uma reunião com o cliente, por exemplo, se os consultores não se portarem como profissionais, já é um motivo a mais para o cliente não querer uma consultoria júnior. E se a empresa faz um bom trabalho, a propaganda feita pelo cliente também vai contribuir para essa nova visão sobre a EJ."

Uma das portas que você citou que possibilita um envolvimento maior com o MEJ é o NEJ. Como surgiu essa vontade de ingressar no movimento?

"Quando eu entrei na Ecofarma eu não tinha muito conhecimento sobre o MEJ. No meu primeiro mês como trainee eu fui a uma reunião da Fejemg e gostei. O que me chamou atenção foi a questão de nós mesmos, os estudantes, estarmos no comando, na organização do movimento. O profissionalismo daquelas pessoas, as ferramentas utilizadas, isso tudo me fez ter muita vontade de participar. E outra questão que eu via era o trabalho em equipe, tanto entre os empresários juniores quanto entre as próprias empresas. Que empresa hoje quer passar seu conhecimento para uma concorrente? É muito difícil ver isso no mercado. Já no segmento Junior é muito comum ver essa troca, e isso foi também ponto chave para eu me apaixonar pelo movimento."

E como você enxerga o papel do NEJ na UFJF? Em que ele pode melhorar e o que ele pode vir a se tornar?

"O NEJ é um órgão de apoio, de suporte. Para umas empresas mais, para outras menos, de acordo com a necessidade dessas empresas. Por exemplo: junto a empresas que estão sendo criadas agora ou que estejam com problemas de estrutura, o NEJ atua mais. Só que o perfil do empresário júnior de Juiz de Fora não apresenta muita adesão ao movimento. Isso é um motivo de tristeza, e também uma perda, porque o NEJ poderia ser um órgão de desenvolvimento para as EJ´s. Ele poderia trazer mais parcerias, poderia também atuar oferecendo treinamentos, dando mais atenção à questão de repassar conhecimentos entre as empresas. Mas acho que é possível melhorar isso se houver mais envolvimento dos empresários juniores, porque isso traria mais motivação para a diretoria, geraria melhorias."

Você tem planos futuros de continuar no Movimento? Ingressar na Fejemg, na Brasil Junior?

"Eu pretendo atuar mais no MEJ sim. Na verdade eu nem queria sair do NEJ, mas a gente tem que saber encerrar as etapas dentro do movimento. Eu já tenho bastante contato com a Fejemg, sou conselheira lá e acho que eu posso contribuir com a federação. Mas ainda não pensei nisso, porque sou candidata à presidência da Ecofarma e a gente tem que se preocupar em não ficar também sobrecarregada. Mas eu realmente quero continuar no movimento."

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