sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Entrevista - Felipe Bianchini (Presidente do NEJ)

Felipe Bianchini, 20 anos, é Presidente do NEJ, Assessor de Gestão da FEJEMG e Gerente de negócios da CAMPE.
Esta semana, a trainee Nayara Rodrigues conversou com ele sobre o Movimento Empresa Júnior, e o que ele representa para o empresário júnior. Abaixo você confere a entrevista, na integra:

O que você pensa sobre o Movimento Empresa Júnior? O que é esse movimento pra você?

É a chance que o estudante de ensino superior tem de enfrentar o mercado de uma forma que o estágio não proporciona. O MEJ acaba fazendo profissionais mais bem formados e mais bem preparados para atuar na sua profissão, criando espírito de empreendedor. Fazendo com que ele seja mais criativo; que não fique só estagnado onde muitas pessoas ficam; que cada vez mais busque ser criativo, busque evoluir e crescer.

Qual a prática mais comum na sua EJ quanto ao MEJ?

Dentro da CAMPE tem o núcleo MEJ que aproxima bastante as pessoas ao movimento. Fora os cargos que possuímos na FEJEMG, na BJ e no NEJ. Não só com cargos, mas tem muitas pessoas que participam das reuniões da FEJEMG e se interessam por elas, mas não trabalham em si em um cargo no MEJ.

Além disso, eu sou Assessor de gestão da FEJEMG, temos também o Assessor de Regulamentação e há cargos na Brasil Júnior: atualmente duas pessoas, o Conselheiro Fiscal e Coordenador de Informação.

Qual a sua expectativa para esse movimento? Você se sente ligado a ele?

É muito legal todo esse movimento, porque você realmente constrói amizades. E é nesse momento que o pessoal se encontra e você acaba criando amizades com laços muito fortes, mesmo sendo uma vez por mês. A FEJEMG, no caso, faz muito bem em integrar as pessoas, mesmo sendo de cidades diferentes como Belo horizonte, Lavras, Viçosa e em todas as cidades que ela atua.

Você participou do MEJ em que ocasião? E como foi essa experiência pra você? O que acrescentou para sua EJ?

Participei do EMEJ, em foz do Iguaçu, que é bem diferente porque você está em contato não só com o pessoal de minas, mas com pessoas do Brasil inteiro.

Foi ótimo, pois mesmo sendo um evento maior, você acaba encontrando com as mesmas pessoas que costumam sempre ir nesses eventos. Como no EFEJ esse ano: eu hospedei na minha casa pessoas que eu sempre encontro nesses movimentos. Você acaba fazendo muitas amizades novas, aumentando sua rede de contatos e não só profissionalmente, mas também pessoalmente. Além de ampliar sua rede de contatos com outra realidade, você primeiramente aprende com isso. Na FEJEMG você já vê isso: Juiz de Fora é totalmente diferente de Belo Horizonte que por sua vez é totalmente diferente de Viçosa. Expondo isso, então, a nível nacional é mais discrepante ainda. Você tem contato com pessoas que vivem diferente e pensam diferente. Isso é bom, pois quando chegar ao mercado de trabalho já estará preparado.

Para nossas empresas traz muito crescimento, muitos benchmarking, práticas e muitas ideias novas. Além da apresentação dos próprios cases e workshops. Teve, inclusive, um case que trouxemos para a CAMPE, sobre a área de negócios que vimos no próprio EMEJ. Não são 100% do modelo que aplicamos, mas geralmente adequamos um pouco à nossa realidade, afinal era uma empresa de Pernambuco.

O MEJ é importante pra você por quê? E para sua EJ? E para o Brasil? Mundo?

O maior objetivo é você se preparar. É na empresa júnior que você pode errar, como tem gente que fala “o laboratório do mercado é uma empresa júnior”, é ali que você vai aprender e fazer coisas diferentes. O mercado não vai ser tão “bonzinho” quanto o MEJ. Não vai ter tanta abertura pra você crescer sem competir. Não vai ter esse sentimento de crescer junto. Mas, é bom pra você se preparar, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Às vezes no estágio você não consegue isso, não ganha tão bem ou você tem que fazer serviços mais operacionais, sendo que aqui você pode comandar uma empresa. E ter uma oportunidade dessas aos 20 anos de idade não é pra qualquer um, isso é um diferencial!

Acho que envolve muito nesse sentimento de desenvolvimento colaborativo. Ninguém fica escondendo suas práticas. Você tem uma prática de sucesso você quer que os outros a utilizem. Isso me deixa aberto a conversar, a trocar experiências, por exemplo.

A nível Nacional, usando um pouco do que o MEJ coloca, “Formar gente de transformação para o brasil”, significa que são pessoas que lutam por um ideal, correm atrás e sabem que podem fazer a diferença. Não ficam paradas esperando acontecer, pelo contrário, fazem acontecer. Isso forma pessoas muito mais capacitadas, que tem certos valores diferenciados das demais, para lutar por uma causa e não só para o crescimento próprio.

Agora, internacionalmente há também esse Sentimento de contribuição, de formar pessoas que tenham vontade de fazer a diferença. No mundo tenho pouco contato, mas o pouco que tenho, entro constantemente com a empresa júnior da França através da CAMPE. Na minha EJ tem essa ideia de ter contato internacional e é muito diferente porque as realidades são muito diferentes. Como curiosidade, o MEJ foi um movimento que surgiu na Europa, veio para o Brasil e tornou proporções muito maiores aqui do que lá. A JADE (European Confederation of Junior Enterprises) que atua na Europa possui muitos embaixadores empenhados nesse movimento.

O que o MEJ pode trazer de benefício para pessoas que pretendem concorrer a um cargo ou na FEJEMG ou na Brasil Júnior?

Primeiramente, acho que você trabalhando com pessoas diferentes (por exemplo, na minha equipe na FEJEMG eu trabalho com pessoas de Belo Horizonte) é uma forma de aprender a lidar com outras pessoas. Além disso, é o desenvolvimento como um diferencial para o mercado. Tem muitos cursos que não tem EJ, a pessoa não vê uma gestão de uma empresa e quando ela quer abrir uma empresa ou uma construtora terá dificuldades. No caso, quem já passou por algum cargo ligado ao movimento, já tem experiência nisso, uma bagagem para que ela possa atuar nessa área. São várias oportunidades, inclusive é um diferencial quando levado em questão as relações interpessoais, que são muito importantes e bem constantes hoje no mercado de trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário